sexta-feira, 30 de abril de 2010

Puxadas de cavalos

Ainda consternadas, as entidades integrantes da Associação Joinvilense das Entidades Protetoras dos Animais (Ajepa) vêm mui respeitosamente declarar seu repúdio ao ato violento dos organizadores e participantes das puxadas de cavalos em Pomerode, da qual saíram gravemente feridos vários manifestantes.

O comportamento bárbaro e primitivo dos organizadores e participantes das puxadas de cavalos é moral e eticamente condenável. É inaceitável numa sociedade livre e democrática que manifestantes pacíficos tenham seus direitos à liberdade de expressão cerceados por agressores covardes.

Aos nossos legisladores e juristas que acreditam que agressões a animais são crimes de menor teor ofensivo fica o nosso alerta: agressores são agressores. Escolhem suas vítimas pela sua fraqueza. Naquele domingo, foram dóceis cavalos e frágeis mulheres. Há algum tempo, foram cães enterrados vivos.

Lamentamos a presença de crianças neste tipo de atividades que fomentam o sadismo e a crueldade. Educam indivíduos para a violência. Perpetuam a mediocridade.

Ressaltamos nossa profunda tristeza pelo sofrimento dos nossos irmãos animais que penam nas mãos dos humanos. Trazemos a público também nossos profundos sentimentos de solidariedade e apreço aos irmãos na causa pelo fim do sofrimento animal.

Pautada na ética, na moral, na não-violência, no respeito, na solidariedade, na sustentabilidade, na preservação da natureza, na união e na valorização da vida, a Ajepa apoia e promove ações que buscam melhorar as relações dos humanos entre si e destes com as demais espécies. Procura sensibilizar e educar as crianças para uma nova consciência, para um novo paradigma, para uma sociedade consolidada no respeito a todas as formas de vida.

Sheila Cristina Wehling - Vice-presidente da Frente de Ação Pelos Direitos dos Animais (Frada)

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